1. |
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A calmaria no cetim negro
goles de torpor
estado inerte
droga que acalma
Tropeços catalépticos
seu inferno é o medo
Mudo, amordaçado
calado, engolido
distorções de seu acalanto
cova de dores
cova sem flores, sem cruz
resquícios de outrora
de um outono que desaba
da travessia entre o nada e o nada
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2. |
Discípulo
02:49
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Sua mão escureceu meu caminho
eras arruinadas e minha sorte é a culpa
sou sua sobra, sua imagem, sua escolha
castrado de minhas vontades
ergui um império por seu amor
império de culpas e pecados
onde mentira se tornou meu nome
Ser sua semelhança não é dádiva
marionetes no seu jogo
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3. |
O de 100 nomes e o amor
01:33
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O início do amor no universo
passando-se por perverso
ensaiado num discurso doloroso
os anos se passaram
o amor mudou para o martelo na mão
de quem diz que ama
Por que amar?
Por que amar?
Se um coro de vozes ardentes bravejam:
Derrama! Derrama! Para que marque o chão!
E o nosso amor volte sem perdão!
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4. |
Cego
02:01
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Não é uma dor da carne
Abandono!
Virtudes tolas e desgastadas
as mãos atadas sobre o fascínio
o enterro das paixões
atado a uma cegueira milenar
Privada da dança, do gozo
a carne apodrece e morre
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5. |
Senhor do fim
02:24
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Aqui começa o fim!
Cessando a dor
que a covardia se desintegre no beijo
e o acalanto nas sombras do tempo
mãos que acariciam como cetim
confortam no prazer da carne
Olhos de labirintos
que seduzem com seu brilho fóssil
o brilho que se ergue
como último suspiro de alívio
Imunda o peito com desejo
e engole a alma na calmaria do silêncio
envolve em seus braços
sufoca no aperto de serpente
e no sabor de sua boca
o desarranjo dessa vida
és onde descansa o tolo
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6. |
Cárcere
01:19
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Indefesa, a alma
aprisionada no lodo
esfria dos prazeres
carcerada no divino, adormece
soterrada na apatia e no torpor
Aniquilada, a razão
condenada as ilusões
o divino aqui te rouba
mascarada em um amor servil.
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7. |
Novo Messias
08:19
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O que corre em suas veias é gélido e venenoso
palavras que retorcem e machucam como o apodrecer
há tantas gostos que não se devem provar
vontades que devem ser guardadas
não há como amar tendo o coração pulsando amargor
não há como sonhar pregando a ruína
daqui se ergue a decadência
engatinhando na direção das paredes insólitas da loucura
a inversão do louvor decreta a estupidez
fulmina seus desejos
ajoelha-te perante o carrasco
a doutrina do novo messias
das lágrimas que lavam o sangue
brote a razão e se erga forte sobre o castigo
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